Fotos: Willian Aguiar
Os bailarinos Marcos Abranches e Ale Bono Vox estavam focados no desenvolvimento de sua nova obra durante o ano passado. A dupla que é de São Paulo, já vem trabalhando junta há alguns anos e dessa vez buscaram a suspensão corporal como técnica corporal para as suas danças. Ambos com paralisia cerebral, ela cadeirante, nos mostram que o corpo pode mais do que o discurso médico, normatizador e de senso comum diz.
Depois de uma apresentação incrível no final de 2015 no Teatro Sérgio Cardoso, São Paulo, o artista Marcos Abranches retorna com duas apresentações de O grito. Indispensável para quem se interessa por dança, performance art e suspensão corporal.
Inspirado em “O Grito”, de Edvard Munch, o dançarino Marcos Abranches apresenta a primeira leitura coreográfica desta tela. Composta por uma figura andrógina, de frente ao seu observador, esta pintura pode ser “lida” como a narrativa da mais pura expressão de angústia e desespero gerados pela modernidade do final do século XIX e início do XX. A pintura de Edvard Munch é considerada uma das obras mais importantes do movimento expressionista.
“O Grito” de Marcos Abranches, além de dialogar com Munch, lança em cena elementos estéticos do cinema expressionista, misturando ainda elementos da body art em seu trabalho.
FICHA TÉCNICA:
Direção e Intérprete criador: Marcos Abranches
Intérprete: Alê Bono Vox
Pesquisa e Criação: Marcos Abranches e Alfredo Nora
Arranjo e produção musical: Jorge Pena
Concepção de cenário e iluminação: Marcos Abranches
Artista plástico convidado: Osvaldo Gabrieli
Suspensão corporal: Luciano Iritsu e Thiago Soares
Produção: Cia Vidança
Foto: Gal Oppido
Colaboração: Lúcia Helena Hikake
Apoio: ABASAI e APAA
SERVIÇO
O Grito na Galeria Formosa
Baixos do Viaduto do Chá s.n., Galeria Formosa – Centro – SP
29 e 30 de Abril de 2016 às 19:00
Duração: 60 minutos
ENTRADA FRANCA