Foto: reprodução/Facebook
Em 22 de Novembro o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou o nome de parlamentares que irão compor a equipe de transição para o futuro governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — que assumirá em 1º de janeiro de 2023.
Dentre os nomes citados, temos o da deputada federal, eleita por Belo Horizonte, Duda Salabert (PDT-MG). Ela atuará na comissão dos Direitos Humanos, justamente área atacada e bastante destruída pelo governo genocida de Jair Messias Bolsonaro (PL). Lembrando que durante o governo bolsonarista o ministério, nomeado como Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, foi desmontado e ficou aos desmandos da pastora evangélica Damares Alves (Republicanos), alinhado com o tom fascista e fundamentalista religioso obscurantista. Há muito trabalho pela frente!
Duda Salabert é a primeira pessoa trans a fazer parte da equipe de transição. O que estava sendo cobrado por ativistas e associações dos movimentos transvestigeneres. Importante sublinhar que, a deputada federal é também bastante tatuada e tem uma aproximação com a comunidade da modificação corporal. Em 2019, por exemplo, participou do lançamento da cartilha contra assédio e importunação sexual em estúdios de tatuagem. Além de utilizar suas redes para apoiar a causa.
Também fazem parte do núcleo de Direitos Humanos as deputadas federais Maria do Rosário (PT-RS) e Rejane Dias (PT-PI), o jurista Silvio Almeida, o doutor em economia Luiz Alberto Melchert, o integrante do setorial do PT para pessoas com deficiência Rubens Linhares Mendonça Lopes, o deputado estadual de São Paulo Emídio de Souza (PT), prefeito de Osasco em 2005, e a representante da Secretaria Nacional LGBT do PT Janaína Barbosa de Oliveira.
Nós, pessoas com modificações corporais, temos uma representante com muita potência na transição.