Foto: Justin Sullivan/Getty)

Uma nova e revisada política que irá remover os limites de quantidade e tamanho de tatuagens nos soldados norte-americanos está por vir e muito em breve, segundo disse o general Ray Odierno na conferência de AUSA (Association of the United States Army), que aconteceu no Alabama. A nova revisão da política de aparência ainda proíbe soldados de terem tatuagens no pescoço, cabeça e rosto, e também mantém a proibição em tatuagens que sejam de cunho extremistas, racistas ou sexistas. Afinal de contas é preciso existir uma regra clara para que algumas pessoas tenham bom senso e não façam tatuagens racistas, sexistas e com demais referências aos crimes de ódio. Que me desculpem o tom sarcástico.

Segundo as fontes que consultamos, houve um processo de diálogo interno, onde os próprios soldados pediam por regras mais brandas e menos restrições sobre as tatuagens (e tão logo sobre seus corpos), principalmente por uma realidade em que carreiras eram prejudicadas por conta dessas marcas corporais. Que a gente bem sabe que se repete em tantas outras áreas e carreiras, não só nos Estados Unidos. O próprio general Odierno afirmou e reconheceu que havia uma população sendo desqualificada do serviço militar por conta dessa regulamentação.

A última atualização da política da aparência que é de 2014, limitam os soldados a terem quatro tatuagens, desde que fossem abaixo do cotovelo e dos joelhos para baixo. O tamanho deveria ser correspondente à mão do soldado. Afora as limitações, o fato de serem socialmente excludentes é o ponto central desses regimes.

O general Ray Odierno disse que:

“A sociedade está mudando o seu ponto de vista sobre as tatuagens e temos que mudar junto com isso. Faz sentido. Os soldados cresceram em uma era em que que as tatuagens são muito mais aceitas e nós temos que mudar junto.”

As regras se tornarão oficiais somente após a atualização dos regulamentos, o que deve acontecer num futuro próximo. Enquanto esperamos, nos resta refletir sobre que tipo de sociedade queremos habitar e torcer, para que todas as demais áreas que insistem em caminhar para trás ou simplesmente permanecerem paralisadas no tempo, acompanhem o cair de areia da ampulheta.